Discurso proferido na 153ª Sessão Ordinária, em 8 de novembro de 1955
… ao assumir, nesta Casa, a cadeira temporariamente deixada pelo licenciamento do nobre deputado e amigo Arruda Castanho, faço-o por delegação do povo e determinação do Partido Socialista Brasileiro, a cujas fileiras tenho a honra de pertencer.
Ao vencer as naturais limitações de quem, pela primeira vez, assoma esta tribuna, dignificada pelas perenes tradições de inteligência e cultura de inúmeros representantes do povo, sou impelido pelas exigências de um pronunciamento, que me é imposto pela consciência. Desejo comunicar à Casa, Sr.Presidente, que não receberei a ajuda de custo que me confere especificamente o parágrafo 5º, do art.85 do Regimento. Longe de mim, Sr.Presidente, com esta atitude, assumir posição de crítica ou de desaprovação às disposições regimentais. Sou levado a tanto atendendo à transitoriedade do meu mandato, que cumpro no tempo, limitado à licença legal solicitada e concedida ao nobre deputado Arruda Castanho. Praticamente no fim do presente ano legislativo, não encontrando, por outro lado, nenhuma exigência de ordem pessoal, que me induza ao recebimento da ajuda de custo, nem mesmo o arrecadamento de ônus aos proventos da minha atividade particular, não vejo, insisto em dizê-lo, Sr.Presidente, como legitimar aquele recebimento…
Deputado AURÉLIO ROSLINDO CAMPOS, aos 41 anos, do Partido Socialista Brasileiro – PSB
